segunda-feira, 19 de maio de 2014

Síndrome do Desfiladeiro Torácico

O que é?

Consiste na compressão de nervos, veias e artérias que passam entre a 1ª costela e a clavícula. Entre as estruturas afectadas estão o plexo braquial, a veia subclávia e a artéria subclávia. Estas estruturas podem ser comprimidas em 3 passagens. A primeira passagem é no triângulo escalénico, é delimitado pelos músculos escaleno anterior e escaleno médio e pela face medial da primeira costela. A segunda passagem é o triângulo costoclavicular, delimitado pelo terço médio da clavícula, pela primeira costela e pelo bordo superior da omoplata. A terceira passagem é o espaço subcoracóide, abaixo da apófise coracóide, profundamente pelo tendão do músculo pequeno peitoral. Podendo ainda existir outras condições como por exemplo: síndrome postural, distensão traumática da coluna cervical, fracturas das costelas ou omoplatas aladas.

Sintomas

Os sintomas variam, dependendo do que está a ser comprimido. os sintomas da compressão de nervos são mais comuns do que os sintomas de compressão de vasos sanguíneos.
Quando existe compressão sobre os nervos (plexo braquial) pode causar uma dor paralisante, que se inicia no pescoço e pode irradiar para o ombro, braço ou mão. Também pode causar dormência ou formigueiro na parte interna do antebraço e nos quarto quinto dedos da mão. pode ainda sentir fraqueza na mão.
Quando existe compressão sobre os vasos sanguíneos pode reduzir o fluxo sanguíneo que retorna do braço resultando em inchaço e vermelhidão. Menos comummente, a compressão pode reduzir o fluxo de sangue que vai para o braço, fazendo-o sentir frio e fadiga no braço.
actividades com o braço em elevação são particularmente difíceis, porque agravam os dois tipos de compressão.

Diagnóstico

Uma boa avaliação, incluindo uma historia clínica e um exame atento à mobilidade e função neural e vascular dos membros superiores são geralmente suficientes para diagnosticar uma síndrome do desfiladeiro torácico. no entanto, devido à grande variabilidade e à natureza dos sintomas, exames adicionais como um raio-x ou uma ressonância magnética ou ainda uma eletromiografia podem ser pedidos para confirmar o diagnóstico e avaliar a extensão da lesão.

Tratamento

A maioria dos pacientes com esta patologia responde bem a um tratamento adequado de fisioterapia e a cirurgia apenas é indicada no caso de existir uma lesão estrutural que comprometa significativamente as estruturas nervosas ou vasculares.
O tratamento conservador deverá incluir:



  • A aplicação de calor local para ajudar a aliviar espasmos musculares. poderão ser utilizadas ondas-curtas se não houver nenhum sintoma neurológico;
  • Analgésicos e anti-inflamatorios não-esteróides podem ser receitados pelo medico para controlar o processo inflamatorio;
  • Exercícios de mobilização activa e de fortalecimento da mão para aumento da circulação periférica;
  • Plano de exercícios especifico para melhorar a posição articular do ombro e omoplata
  • Perda de peso. se estiver acima do peso ideal, o medico poderá recomendar um programa de emagrecimento. estar acima do peso pode forçar os músculos do ombro que se apoiam na clavícula.
  • Aconselhamento de ergonomia no local de trabalho.
Se o tratamento conservador não aliviar os sintomas, a cirurgia poderá ser indicada. A cirurgia pode envolver a remoção de uma parte de uma costela anormal em primeiro lugar, libertar um músculo demasiado tenso, ou ambas as coisas.



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